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Por: Contra os Acadêmicos

27/05/2022

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Lista de Filosofia Chinesa

Uma lista de filosofia chinesa naturalmente provoca a seguinte pergunta: existiu, de fato, no pensamento clássico da China, algo como uma filosofia? Alguns, os historicistas de plantão, diriam que não, sob a justificativa de que a filosofia seria um fenômeno inescapavelmente enraizado nas circunstâncias histórico-culturais da Grécia de Platão e Aristóteles. Outros, produtos de um Ocidente que nem mais se recorda de suas inigualáveis origens teórico-especulativas, querem ser tão “mente aberta” que acabam deixando o cérebro cair para fora: em nome de um anti-eurocentrismo obstinado, saboreiam cocktails pseudo-filosóficos das mais variadas cores, abstendo-se de beber da água pura e fria do logos alethinos. Para estes, filosofar não significa senão “pensar”, do que se conclui naturalmente a existência de filosofias africanas, indígenas, egípcias, indianas, chinesas, etc. Afinal, lato sensu, todo ser humano pensa; entretanto, a quem considera, por isso, Caetano Veloso um grande filósofo, é preciso dizer: o buraco é mais embaixo.


O problema da China não pode ser resolvido nesse plano. Nem a perspectiva particularista nem a universalista inserem a filosofia dentro de uma tipologia geral dos discursos, sem o que se torna impossível distingui-la rigorosamente de outros tipos de manifestação do pensamento humano. Assim, qualquer um que se dedique à atividade de formular juízos mais ou menos abstratos a respeito da realidade passa a ser chamado de filósofo. Mas a verdade é que basta ter um pouco de cultura filosófica para perceber que Confúcio e Lao-tsé, por exemplo, não alcançaram o mesmo nível de sofisticação lógico-metafísica de Platão e Aristóteles, e que, portanto, só podem receber a alcunha de “filósofos”, desde que se tenha uma mínima benevolência para com o rigor das definições. Por outro lado, como disse Eric Voegelin, a China, dentre todas as grandes civilizações, foi a que mais se aproximou, de maneira autônoma e independente, da realização intelectual dos filósofos gregos. Foi por isso que, apesar dos pesares, decidimos usar a expressão “filosofia chinesa”, ao invés do título sempre muito vago “pensamento chinês”, que pode acabar soando amplo demais em vista dos propósitos específicos que temos aqui.


Tendo dito isso, desejamos uma boa leitura a todos que pretendem se aventurar pelas ideias de uma cultura que para nós representa o Outro, uma alteridade tão completa, que, privado de contato com ela, o Ocidente dificilmente poderia distinguir, com tanta clareza, qual porção de sua própria herança pertence à humanidade universal e qual porção reflete não mais que simples idiossincrasias indo-europeias.


I) HISTÓRIAS DA FILOSOFIA CHINESA


NORDEN, C. – Introdução à Filosofia Chinesa Clássica

CHENG, A. – História do Pensamento Chinês

LAI, K. – Introdução à Filosofia Chinesa

CHUN, W. – Filosofia Chinesa

GRAHAM, A. C. – The Disputers of Tao

CHAN, W. – A Source Book in Chinese Philosophy

FUNG, Y. – A Short History of Chinese Philosophy

LIU, J. L. – An Introduction to Chinese Philosophy

WEN, H – Chinese Philosophy

DAWSON, R. – The Legacy of China


II) CONFUCIONISMO


CONFÚCIO – Os Analectos

MENGZI

XUNZI


a) Dinastia Han:


DONG ZHONGSHU

WANG CHONG

YANG XIONG (o seu "Tai Xuan Jing" foi traduzido ao inglês, e depois ao português como "I Ching Alternativo")

WANG BI (Escola do Estudo do Místério)


b) Dinastia Tang:


HAN YU

LI AO


c) Dinastias Song e Yuan:


OUYANG XIU

WANG ANXI

SHAO YANG

ZHOU DUN'YI

ZHANG ZAI

CHENG HAO

CHENG YI

ZHU XI

LU XIANGSHAN


d) Dinastia Ming:


WANG YANGMING

LIU ZONGZHOU


e) Dinastia Qing:


HUANG ZONGXI

GU YANWU

WANG FUZHI

YAN YUAN

DAI ZHEN


III) Moísmo


MOZI

MO BIAN ZHU XU


IV) Taoismo


LAO-TSÉ – Dao De Jing

ZHUANGZI

LIEZI

HE GUAN ZI

WENZI

WEN SHI ZHEN JING

LIE XIAN ZHUAN

YUZI

HESHANGGONG LAOZI


a) Dinastia Hane pós-Han


WANG BI (ele foi daoísta e confuciano)

HUAI NANZI

GUO XIANG


b) Dinastia Tang e pós-Tang


SIMA CHENGZHEN (seu Zuo Wang Lun foi traduzido como "Meditação Taoísta", ed. Mauad X)

DAOZANG (Cânon Daoísta, contém muitos textos religiosos sobre ritos e divindades, e alguns filosóficos, como o anterior, e teve reedições nas dinastias Song e Ming)


V) Legalismo


HANFEIZI

SHANG JUN SHU

SHENZI

GUANZI


VI) Escola dos Nomes


GONGSUN LOGNZI – O Diálogo do Cavalo Branco

DENG XIZI

YIN WENZI

HUIZI


VII) Escola do Militarismo


SUN TZU – A Arte da Guerra

WUZI

LIU TAO

SI MA FA

WEI LIAO ZI


VIII) Budismo


DAO AN

HUI YUAN (Escola Terra Pura)

KUMARAJIVA (Escola SANLUN, Três Tratados, Madhyamaka)

SENG ZHAO

DAO SHENG

XUANG ZANG (Escola FAXIANG, Yogacara)

ESCOLA TIAN TAI

ESCOLA HUA YAN

ESCOLA TÂNTRICA

ESCOLA CHAN ("Zen", Dao Yi e Bhai Zhang)


IX) Contemporâneos (XIX, XX, XXI, confucianos, budistas, republicanos e marxistas)


a) Confucianos


XIONG SHILI

XU FUGUAN

TU WEIMING

TANG JUN'YI

KANG XIAOGUANG


b) Budistas


ZHANG BINGLIN

LIU SHIPEI

MOU ZONGSAN


c) Republicanos


LIANG QICHAO

TAN SITONG

SUN YATSEN


d) Marxistas


MAO TSÉ-TUNG

JIANG QING

LU XUN

FANG KELI

XI JINPING

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Sobre o autor

O Contra os Acadêmicos é um projeto educacional de ensino-aprendizagem voltado para o estudo de Filosofia e temas afins. Surgiu da união voluntária de estudantes e professores com o objetivo de auxiliar o estudante autodidata com o fornecimento de bibliografias, guias de estudo e conteúdos de qualidade em geral.

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